
Consórcio Mais Integridade acusa irregularidades eleitorais, incluindo enchimento de urnas, e pede investigação da PGR para responsabilizar envolvidos
O Consórcio Mais Integridade denunciou a ocorrência de enchimento de urnas e outras irregularidades em diversas províncias durante as eleições gerais em Moçambique.A entidade solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma investigação rigorosa para garantir que as falhas observadas sejam corrigidas e que tais práticas não se repitam no futuro.
O presidente do consórcio, Edson Cortês, expressou a sua preocupação em uma conferência de imprensa realizada hoje, em Maputo.
Durante o evento, Cortês criticou a maneira como o processo eleitoral foi conduzido, afirmando que os resultados oficiais não reflectem a vontade popular.
Ele destacou a presença de editais com “resultados manipulados”, sugerindo que houve intenção deliberada de alterar o resultado final das eleições.
Além do enchimento de urnas, Cortês chamou a atenção para a crescente tendência em Moçambique de candidatos vencerem eleições sem representar de fato a escolha legítima do povo.
“É fundamental que a PGR investigue profundamente essas ilegalidades para responsabilizar os envolvidos. Isso será essencial para restaurar a confiança dos cidadãos no sistema eleitoral e garantir que as futuras eleições sejam mais justas”, afirmou o presidente.
O consórcio reforçou a necessidade de medidas concretas para evitar que episódios semelhantes se repitam. Acredita-se que a intervenção das autoridades será decisiva para manter a integridade do processo eleitoral.
Este apelo chega num momento em que o clima político em Moçambique está especialmente sensível, com muitos eleitores e observadores questionando a transparência das sétimas eleições gerais.
A pressão pública por uma investigação efectiva pode ser um ponto de inflexão para a credibilidade dos processos eleitorais no país.
A denúncia do Consórcio Mais Integridade coloca em evidência a necessidade de uma revisão urgente dos mecanismos de fiscalização eleitoral, para que a democracia moçambicana não perca o apoio e a confiança da população.
FONTE: FATOS AO SEGUNDO
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