Leonel Muchina Afirma que Morte de Elvino Dias Está Ligada a Questões Passionais

Leonel Muchina Afirma que Morte de Elvino Dias Está Ligada a Questões Passionais

Maputo (Lusa)– A Polícia da República de Moçambique (PRM) confirmou neste sábado que a morte de Elvino Dias, advogado de Venâncio Mondlane, e de Paulo Guambe, mandatário do partido Podemos, pode ter relação com um conflito passional. 


Ambos foram mortos a tiro na noite de sexta-feira, 18 de outubro, na avenida Joaquim Chissano, em Maputo, quando o veículo em que estavam foi emboscado por homens armados.  


Segundo o porta-voz da PRM, Leonel Muchina, os agressores utilizaram duas viaturas para bloquear o caminho das vítimas, disparando repetidamente contra elas. 


Uma terceira ocupante, uma mulher que viajava nos bancos traseiros, também foi baleada, mas foi levada para o Hospital Central de Maputo sem risco de vida.  


Muchina informou que as vítimas haviam passado parte da noite num mercado de Maputo e que a emboscada pode ter sido motivada por uma discussão derivada de questões conjugais. 


“Foram seguidos após uma confraternização, e houve uma discussão que aparentemente derivou para este trágico desfecho”, declarou.  


O porta-voz expressou a condenação ao “crime hediondo” e garantiu que a polícia está a investigar o caso. Além disso, apelou aos mandatários e candidatos políticos para evitarem locais de risco e prometeu reforçar a segurança, caso solicitado. 


“Nosso compromisso é garantir a livre circulação dos cidadãos e a tranquilidade durante este período eleitoral”, afirmou Muchina.  


A morte de Elvino Dias gera grande repercussão, pois ele era uma figura central na defesa dos direitos humanos e assessor jurídico de Mondlane, cuja candidatura presidencial enfrentou obstáculos legais junto à Comissão Nacional de Eleições (CNE). 


Paulo Guambe, também morto no ataque, era o mandatário do Podemos, que passou a apoiar Mondlane após sua candidatura ser recusada pela CAD.  


O crime ocorre em um momento sensível no processo eleitoral. Mondlane já declarou que irá recorrer ao Conselho Constitucional para contestar os resultados, utilizando atas e editais originais da votação como provas.

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