União Europeia Exige Publicação das Atas para Validar Vitória da Frelimo em Moçambique

União Europeia Exige Publicação das Atas para Validar Vitória da Frelimo em Moçambique

União Europeia Exige Publicação das Atas para Validar Vitória da Frelimo em Moçambique

A União Europeia (UE) anunciou que só reconhecerá a vitória da FRELIMO nas eleições de Moçambique se todas as atas eleitorais forem publicadas de forma transparente. 


A declaração foi feita menos de 24 horas após a Comissão Nacional de Eleições (CNE) ter anunciado a vitória de Daniel Chapo com 70,67% dos votos na eleição presidencial de 9 de outubro. 


A porta-voz da Comissão Europeia, Nabila Massrali, reforçou a necessidade da divulgação pública dos resultados desagregados.  


“A publicação das atas por mesa de voto não só fortalecerá a transparência do processo como também garantirá a integridade dos resultados”, afirmou Nabila à agência Lusa. (alert-success)


Ela ainda apelou para que qualquer contestação seja resolvida pacificamente pelos meios legais existentes.  


Críticas e Reações  



O processo eleitoral deste ano foi marcado por alegações de irregularidades. A missão de observação da UE relatou que houve manipulação de resultados em várias mesas eleitorais, além de um uso indevido de recursos públicos para beneficiar o partido governante durante a campanha.  


Venâncio Mondlane, candidato do PODEMOS, que ficou em segundo lugar com 20,32% dos votos, rejeitou os resultados e convocou uma greve geral e protestos contra o processo. 


As manifestações, que começaram logo após o anúncio da CNE, foram marcadas por confrontos violentos, com a polícia usando gás lacrimogêneo e tiros para dispersar os manifestantes. 


A situação agravou-se com o assassinato de dois apoiantes da oposição, Elvino Dias e Paulo Guambe, em Maputo no dia 18 de outubro.  


Resultados e Impactos 


A FRELIMO conquistou 195 dos 250 assentos parlamentares, aumentando sua representação em 11 deputados em relação a 2019. 


O PODEMOS emergiu como a principal força de oposição ao eleger 31 parlamentares, superando a RENAMO, que caiu de 60 para 20 deputados. 


O MDM manteve-se no parlamento, mas com uma bancada reduzida de seis para quatro representantes.  


A participação eleitoral foi de 43,48% dos mais de 17 milhões de eleitores inscritos. Observadores internacionais e a UE destacaram a falta de credibilidade e de confiança pública no processo, reforçando que, desde 2019, já recomendavam um recenseamento eleitoral atualizado e transparente.


A informação foi reportada pelo canal EMS TV no YouTube, que acompanha a situação em tempo real e oferece atualizações sobre os desdobramentos. 


A UE reafirmou seu compromisso com Moçambique e garantiu que continuará a monitorar o processo para apoiar a estabilidade e a democracia no país.

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