5 tecnologias que foram desenvolvidas com inspiração na natureza

A natureza é uma das maiores fontes de inspiração para a ciência e a engenharia. Desde os tempos antigos, os seres humanos observam animais, plantas e fenômenos naturais para criar ferramentas, construir abrigos e desenvolver soluções para os mais diversos desafios. 



Hoje, esse conceito tem nome: biomimética. Neste artigo, vamos explorar esse conceito e listar algumas invenções que se inspiraram em animais e em processos presentes na natureza.



O que é Biomimética?





A biomimética, também chamada de biomimese ou biónica, é um campo da ciência que estuda estruturas, mecanismos e estratégias da natureza com o objetivo de aplicá-los em criações humanas. A palavra vem do grego bios (vida) e mimesis (imitação), ou seja, trata-se da “imitação da vida”.



Essa abordagem busca criar tecnologias mais eficientes, sustentáveis e inteligentes, baseando-se em milhões de anos de evolução biológica. A ideia central é: se a natureza já encontrou soluções eficazes para determinados problemas, por que não aprender com ela?



Tecnologias desenvolvidas com inspiração na natureza





Selecionamos cinco tecnologias fascinantes que nasceram a partir da observação de animais, plantas e outros elementos naturais. Cada uma delas mostra como a biomimética está revolucionando o design, a engenharia e até a medicina.



1 – Painéis solares inspirados em girassóis




Painel solar no formato Smartflower, em Viena / Crédito: Gregor Tatschl (Wikimedia)



Os girassóis são conhecidos por seu movimento heliotrópico, eles acompanham a posição do sol ao longo do dia, maximizando a captação de luz. Essa característica inspirou o desenvolvimento de sistemas solares heliotrópicos, como o “Smartflower”.



Esse tipo de painel solar inteligente gira em dois eixos para seguir a trajetória solar com precisão, o que aumenta em até 40% a eficiência energética em comparação aos modelos fixos. 



Além disso, muitos desses sistemas contam com mecanismos automáticos de retração em ventos fortes e autolimpeza, inspirados no comportamento das pétalas dos girassóis. O resultado é uma geração de energia mais constante e confiável.



2 – Velcro




Fecho de velcro ampliado / Crédito: Alexander Klink (Wikimedia)



O velcro é um dos exemplos clássicos de tecnologia baseada na natureza. Em 1941, o engenheiro suíço Georges de Mestral observou que sementes de bardana grudavam com facilidade em suas roupas e no pelo do cachorro durante passeios. Ao analisá-las no microscópio, descobriu minúsculos ganchos nas pontas das sementes que se fixavam nas fibras dos tecidos.



A partir disso, Mestral criou um sistema de fixação composto por duas tiras: uma com ganchos e outra com laços, imitando o comportamento da planta. 



O nome “Velcro” é uma junção das palavras francesas “velours” (veludo) e “crochet” (gancho). Hoje, o velcro está presente em roupas, mochilas, calçados, equipamentos médicos e muito mais.



3 – Turbinas WhalePower




Turbina inspirada em nadadeiras de baleia (Whalepower) / Crédito: Interalia Magazine (divulgação)



As baleias jubarte possuem nadadeiras com saliências chamadas de tubérculos, que ajudam a controlar o fluxo da água e aumentar sua eficiência de movimentação. Inspirados nisso, engenheiros desenvolveram a turbina WhalePower, cujas lâminas são desenhadas com nervuras semelhantes às das baleias.



Essas lâminas reduzem em até 32% o atrito do ar e proporcionam até 20% mais eficiência energética em comparação com as lâminas lisas tradicionais. 



Além de turbinas eólicas, essa tecnologia pode ser aplicada em ventiladores, hélices e sistemas de resfriamento, contribuindo para soluções mais silenciosas e eficazes.



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4 – Superfícies de baixo atrito inspiradas em tubarões




Michael Phelps conquista sua 20ª medalha de ouro olímpica nos Jogos Rio 2016 / Crédito: Fernando Frazão (Agência Brasil/Wikimedia)



A pele dos tubarões é coberta por pequenas escamas em forma de dentículos, que reduzem o atrito com a água e aumentam sua velocidade de nado. Essa textura serviu de inspiração para o desenvolvimento de superfícies de baixo atrito, aplicadas em diversas áreas.



O exemplo mais famoso foi o uso desse material em trajes de natação de alto desempenho, como os usados por Michael Phelps, que ajudaram a quebrar recordes olímpicos.



A mesma tecnologia está sendo aplicada em cascos de navios, submarinos e até aeronaves, com o objetivo de reduzir a resistência do ar ou da água, aumentando a eficiência e economizando energia.



5 – Shrilk




Material “Shrilk” feito a partir de cascas de camarão e seda / Crédito: Jon Chase (Harvard Staff Photographer)



Shrilk é um material inovador, biodegradável e biocompatível, desenvolvido a partir da estrutura da quitina, encontrada em cascas de camarões e outros artrópodes, combinada com proteínas da seda. O resultado é uma substância resistente como o alumínio, mas com metade do peso, e que se decompõe naturalmente no ambiente.



Além da leveza e resistência, o Shrilk tem aplicações promissoras em medicina (como suturas, curativos e moldes para regeneração de tecidos) e também como alternativa sustentável ao plástico em embalagens, fraldas e sacolas. 



Um de seus diferenciais é que, ao se decompor, o Shrilk ainda libera nutrientes para o solo, funcionando como fertilizante.


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