O posicionamento do governo dos Estados Unidos a favor da concessão de licenças para empresas norte-americanas explorarem o fundo do mar reacendeu uma importante discussão. A mineração destes locais deve ser permitida?
De um lado, existe a pressão econômica em função da cada vez maior demanda por minerais usados em diversos produtos tecnológicos e presentes em grandes profundidades. Do outro, cientistas alertam para riscos ambientais incalculáveis.
EUA apoiam exploração dos recursos (Imagem: Andrea Izzotti/Shutterstock)
Já existe tecnologia para extrair recursos de grandes profundidades
* De acordo com reportagem do portal Interesting Engineering, a região mais cobiçada hoje é a Zona Clarion-Clipperton (CCZ), que fica a cerca de 1.770 quilômetros de San Diego, nos EUA.
* Identificado na década de 1870, o local é rico em níquel e cobre, metais cruciais para o desenvolvimento dos veículos elétricos.
* A expectativa é que a demanda por estes minerais aumente exponencialmente até 2040.
* Se o cenário se confirmar, apenas a exploração do fundo do mar pode garantir a quantidade necessária de recursos para manter as cadeias de suprimento globais funcionando.
* A mineração ocorreria a partir de um veículo coletor que rasteja no fundo do mar.
* Ele conta com um tubo de quatro quilômetros capaz de enviar os materiais para a superfície, bem como um sistema que separa os minerais da lama e outras impurezas.
* Dessa forma, seria possível coletar até 200 toneladas de pasta de sedimentos de nódulos por hora.
* Os defensores da exploração alegam que os trabalhos oferecem menos impactos do que cavar poços e construir barragens de rejeitos em terra.
Leia mais
* Mineração no fundo do mar: o que diz a Ciência?
* Trump cria nova “corrida do ouro” com mineração em alto mar
* Pesquisa alerta: mineração no fundo do mar deixa ‘cicatrizes’ por anos
Baterias de carros elétricos dependem de minerais presentes em grandes quantidades no fundo do mar (Imagem: IM Imagery/Shutterstock)
Impactos ambientais da mineração são incalculáveis
Embora as pesquisas sobre os impactos ecológicos da mineração em alto mar ainda sejam limitadas, estudos apontam que ela pode causar sérios prejuízos à vida marinha. Alguns animais podem ser esmagados pelas máquinas ou sufocados pelos sedimentos que são expelidos pelas atividades de mineração.
Além disso, cientistas descobriram que espécies como as águas-vivas também estão em risco. Um dos maiores temores é que o processo de extração simplesmente destrua comunidades inteiras, gerando danos irreversíveis para a vida marinha. Por isso, ambientalistas afirmam que não é possível realizar a mineração do fundo do mar de forma totalmente segura.
Extração de recursos no fundo do mar pode provocar danos importante aos ecossistemas marinhos (Imagem: Solarisys/Shutterstock)
Em 2024, 32 países declararam oposição à mineração do fundo do mar, incluindo Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, México, Suécia, Dinamarca e Áustria. A maioria pediu uma pausa preventiva de qualquer operação do tipo até que todos os riscos sejam conhecidos, mas alguns países, incluindo a França, proibiram totalmente a prática. No entanto, algumas decisões favoráveis à exploração, como nos EUA, pode acabar incentivando outros governos a tomarem medidas parecidas.
O post Mineração no fundo do mar pode mudar a economia global (e os oceanos) apareceu primeiro em Olhar Digital.
http://dlvr.it/TMf6R3
De um lado, existe a pressão econômica em função da cada vez maior demanda por minerais usados em diversos produtos tecnológicos e presentes em grandes profundidades. Do outro, cientistas alertam para riscos ambientais incalculáveis.
EUA apoiam exploração dos recursos (Imagem: Andrea Izzotti/Shutterstock)
Já existe tecnologia para extrair recursos de grandes profundidades
* De acordo com reportagem do portal Interesting Engineering, a região mais cobiçada hoje é a Zona Clarion-Clipperton (CCZ), que fica a cerca de 1.770 quilômetros de San Diego, nos EUA.
* Identificado na década de 1870, o local é rico em níquel e cobre, metais cruciais para o desenvolvimento dos veículos elétricos.
* A expectativa é que a demanda por estes minerais aumente exponencialmente até 2040.
* Se o cenário se confirmar, apenas a exploração do fundo do mar pode garantir a quantidade necessária de recursos para manter as cadeias de suprimento globais funcionando.
* A mineração ocorreria a partir de um veículo coletor que rasteja no fundo do mar.
* Ele conta com um tubo de quatro quilômetros capaz de enviar os materiais para a superfície, bem como um sistema que separa os minerais da lama e outras impurezas.
* Dessa forma, seria possível coletar até 200 toneladas de pasta de sedimentos de nódulos por hora.
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Baterias de carros elétricos dependem de minerais presentes em grandes quantidades no fundo do mar (Imagem: IM Imagery/Shutterstock)
Impactos ambientais da mineração são incalculáveis
Embora as pesquisas sobre os impactos ecológicos da mineração em alto mar ainda sejam limitadas, estudos apontam que ela pode causar sérios prejuízos à vida marinha. Alguns animais podem ser esmagados pelas máquinas ou sufocados pelos sedimentos que são expelidos pelas atividades de mineração.
Além disso, cientistas descobriram que espécies como as águas-vivas também estão em risco. Um dos maiores temores é que o processo de extração simplesmente destrua comunidades inteiras, gerando danos irreversíveis para a vida marinha. Por isso, ambientalistas afirmam que não é possível realizar a mineração do fundo do mar de forma totalmente segura.
Extração de recursos no fundo do mar pode provocar danos importante aos ecossistemas marinhos (Imagem: Solarisys/Shutterstock)
Em 2024, 32 países declararam oposição à mineração do fundo do mar, incluindo Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, México, Suécia, Dinamarca e Áustria. A maioria pediu uma pausa preventiva de qualquer operação do tipo até que todos os riscos sejam conhecidos, mas alguns países, incluindo a França, proibiram totalmente a prática. No entanto, algumas decisões favoráveis à exploração, como nos EUA, pode acabar incentivando outros governos a tomarem medidas parecidas.
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