Jornalistas feridos durante cobertura das manifestações em Maputo

Jornalistas feridos durante cobertura das manifestações em Maputo
Foto: O Pais

Jornalistas feridos durante cobertura das manifestações em Maputo

Vários jornalistas e repórteres de imagem foram feridos nesta segunda-feira durante a cobertura das manifestações na Cidade de Maputo, após serem atingidos por gás lacrimogéneo e cápsulas disparadas pela Polícia da República de Moçambique (PRM). 

O MISA Moçambique condenou a acção, classificando o ataque como uma violação dos direitos de imprensa.  

Entre os feridos está Gaspar Chirinda, repórter de imagem da STV, que sofreu lesões nas pernas ao ser atingido por uma cápsula de gás lacrimogéneo enquanto registrava imagens de uma entrevista com o candidato presidencial Venâncio Mondlane. 

A entrevista ocorria na Praça da OMM, no cruzamento entre as avenidas Joaquim Chissano e Vladimir Lenine.  

Segundo Dino Lopes, diretor do Serviço de Urgências do Hospital Central de Maputo, Chirinda encontra-se em condição estável: "Vamos fazer um penso, aplicar vacinas e outras medidas. 

As feridas são ulcerativas, e faremos um raio-x na coxa esquerda para verificar se há fratura."  

Além de Chirinda, outras quatro pessoas sofreram ferimentos, incluindo lesões nos braços, couro cabeludo e pernas. 

Um dos pacientes teve fratura na tíbia e continuará em observação no hospital, enquanto os demais deverão receber alta em breve.  

MISA Moçambique denuncia repressão contra a imprensa

O MISA Moçambique repudiou a conduta da PRM e pediu uma atuação mais profissional das forças de segurança, lembrando que o uso de gás lacrimogéneo não deve restringir as liberdades de expressão e de imprensa. 

Em nota publicada no site oficial, a organização destacou: "A Polícia não deve transformar jornalistas em alvos, mas sim reconhecer a importância do trabalho de informar o público, especialmente em períodos caóticos como o pós-eleitoral.” (alert-success)

O MISA também declarou que buscará esclarecimentos e responsabilização dos agentes envolvidos no ataque contra os jornalistas, reforçando seu compromisso com a defesa da liberdade de imprensa em Moçambique.

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